Petrogal
Esta foi uma visita de estudo que tinha todos os ingredientes para ser explosiva… Isto é, olhando bem até foi.
Fomos para lá pela A42, seguindo as indicações de dois colegas, já que o motorista desconhecia o caminho. Contudo, lá chegamo, com um pequeno atraso, pois chegamos às 15h00 quando estava previsto 14h30, mas correu bastante bem.
Chegados à refinaria fomos encaminhados para o edifício administrativo para a habitual apresentação da empresa. Vimos um filme e, seguidamente, começou uma apresentação com uma Eng. Ambiental aparentemente muito simpática.
A dada altura o alarme dispara, ela pára a apresentação (que até nem estava a correr muito bem, pois ela não era muito boa a fazê-lo), diz que aconteceu alguma coisa e sai da sala. Um colega meu entra em pânico e sai também. Não que fosse longe porque, como explicou apresentadora quando voltou, o edifício era selado quando o alarme tocava. Mas não havia motivos para preocupações porque os carros dos directores ainda ali estava e, abrindo a cortina viam-se uns poucos Renault Clio brancos alinhados. Ela usa o telefone para saber o que se passava, diz-nos que houve 1 incidente na Fábrica de Óleos Base. Estava ela a acalmar o pessoal quando se começa a ouvir passos em corrida. Espreita-se pelas cortinas e eram os senhores directores a ir para os carros.
Vários deles saíram e ouvia-se ao fundo bastantes sereias dos bombeiros A apresentação ficou em claro stand-by, não havia condições para continuar pois uns estavam com medo, outros, pura curiosidade…
A dada altura ouve-se um ruído de aeronave com rotor, não sei se helicóptero ou avião e instantes depois o alarme toca novamente para indicar que o perigo tinha passado. Nesta altura uma senhora vem ter connosco e diz-nos que não poderá haver visita, não por haver perigo, mas sim porque a equipa de segurança e os bombeiros estavam a proceder a limpezas e não poderiamos lá passar.
A Eng. retomou a apresentação, embora de quando em vez se falasse no sucedido. Nas questões, no final, as perguntas recairam sobre o incidente.
Ofereceram-nos os brindes habituais, no caso, uma esferográfica e um livrinho, e toca a ir embora. Por esta altura já passava das 17h00.
Na saída ainda vi carros de bombeiros a passar em direcção ao incidente.
Da apresentação ficaram bastantes gaffes como por exemplo:
“O custo da Estação de Tratamento foi de 9.237 Euros” quando o valor apresentado era 9.237 mil. Euros.
“A mono-bóia situa-se a 3m da costa de forma a permitir os navios carregarem quando o mar está bravo” no final lá corrigiu para 3km.
“O sistema de análises está ligado por cabos eléctricos ao nosso computador” – a pièce de résistance da apresentação.